Cerebro 9 1024x780 - Mente Consciente X Mente Inconsciente: Você Sabe a Diferença entre elas?

No artigo anterior falei sobre os hemisférios cerebrais, suas áreas e funções e, também sobre o cérebro trino. Agora o assunto será: a enigmática mente humana.

Primeiramente, vamos diferenciar cérebro de mente. O cérebro é um órgão. Já a mente é a manifestação dos comportamentos e sentimentos. Ela necessita do cérebro e da manifestação comportamental para existir.

Vamos conferir a diferença entre mente consciente e inconsciente para entender melhor.

Índice de Conteúdo

Consciente X Inconsciente

A mente não possui uma dimensão física e por isso é difícil medi-la. Mas, de um modo geral, ela é dividida em duas partes: a mente consciente (racional) e a inconsciente (emocional).

A mente consciente, como já dissemos, é a mente racional, é a memória de curto prazo. Ou seja, é a mente que nos permite pensar, ter noção de tempo e espaço, distinguir algo como sendo certo ou errado. Ela constitui uma pequena parte da mente, que representa algo em torno de 10%. Para ser mais específica algo entre 5%-12%.

Enquanto isso, estima-se que a mente subconsciente represente algo em torno de 90%. Para ser mais precisa varia de 88 a 95%. Ou seja, aproximadamente 90% das nossas decisões e ações diárias são tomadas de forma inconsciente. Estas são realizadas baseadas em memórias (lembranças emocionais), crenças e hábitos passados, que estão armazenados no nosso subconsciente. O que mente faz é tentar buscar uma justificativa lógica e racional para cada decisão que você toma inconscientemente, baseada nas suas emoções.

A mente subconsciente é a mente emocional e, também a irracional. É ela que comanda as nossas emoções, sentimentos e nossa criatividade. É a responsável por criar certos padrões comportamentais. Ela é encarregada pelas funções vitais e involuntárias do nosso corpo, como: respiração, digestão e metabolismo. Nós não precisamos pensar para realizar essas ações.

Resumidamente: Uma pensa e é lógica (consciente). A outra sente, é emocional e criativa (inconsciente).

Os seres humanos são seres emocionais!

Podemos classificar nossos conhecimentos como racionais e nossa energia e nossa intuição como irracional. Isto, porque, uma provem do lado consciente (hemisfério esquerdo) e a outra do inconsciente (hemisfério direito).

O nosso subconsciente é a parte do cérebro responsável por nos proteger. Sua função é nos fazer lembrar de tudo que nos causou dor, sofrimento, arrependimento, vergonha e/ou constrangimento. Essa dor pode ser tanto física quanto emocionalmente falando. É por isso que, às vezes, paralisamos e relutamos para refazer algo. Quando estamos prestes a passar por uma experiência como aquela que nos traumatizou, nosso subconsciente nos lembra e traz à tona as memórias armazenadas para nos paralisar e evitar que a gente passe novamente por aqueles momentos tortuosos.

Por exemplo, se você já se queimou, você terá dificuldades de chegar perto do fogo novamente.

O nosso cérebro adora coisas conhecidas, simples e de fácil entendimento, pois passa a ideia de segurança, tranquilidade e é claro de conforto.

Em contrapartida, ele foge de confusões e de tudo que é muito complexo, que não transmite segurança e que nos force a sair da tal “zona de conforto”.

“Positivas ou negativas, suas emoções têm uma influência significativa em seus resultados, quanto mais forte a emoção, maior a influência. E quanto mais consciente e no controle de suas emoções você está, mais poder você tem sobre exatamente o que os efeitos dela terão, e se eles o aproximarão ou distanciarão de seus objetivos.” (Bob Proctor e Greg S. Reid – “Penso e Acontece”).

Teoria do Iceberg

A teoria do Iceberg, proposta por Ernest Hemingway, faz uma analogia e compara nossa mente com um iceberg. A pequena ponta no iceberg, seria a nossa mente consciente e a grande parte submersa, seria a nossa mente inconsciente e pré-consciente.

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Infográfico: Mente Humana comparada a um Iceberg

O inconsciente é responsável por armazenar tudo o que vivemos.

Os hábitos são ações que praticamos repetidamente e que não exigem raciocínio, pois já estamos familiarizados com eles. Todas as informações novas que aprendemos vão ficando registradas no subconsciente para facilitar nossa vida. Isto porque, quando precisarmos dela, conseguiremos acessar essas memórias em nosso subconsciente sem ter que raciocinar tudo novamente. Assim, economizamos energia e passamos a agir no “piloto automático”.

Por exemplo, quando você aprendeu a dirigir ou andar de bicicleta. Era tudo novo. Exigiu esforço e dedicação para aprender tudo. Mas, depois de um tempo, você não precisava pensar mais. Ficou automático.

Em outros momentos, no entanto, o inconsciente pode interagir com a consciência e trazer alguma emoção reprimida à tona causando atos falhos*, sonhos e até mesmo decisões por impulso.

* Atos falhos são equívocos provocados pelo inconsciente que podem acontecer na fala, na memória ou em uma atuação física. Um exemplo clássico de um ato falho é trocar o nome das pessoas. Os atos falhos não têm nada a ver com um erro comum, onde a pessoa não sabe realmente.

Por isso é difícil mudar e abandonar os hábitos. Você tem que reconhecer quais hábitos que gostaria de alterar e ter muita persistência até que um novo hábito seja estabelecido em sua vida.

Regra 21/90

De acordo com algumas pesquisas, uma pessoa leva em média 21 dias para ter uma mudança de hábito leve, como por exemplo, beber um copo de água logo ao acordar. Porém, para hábitos mais “difíceis” de serem alterados o tempo de mudança sobe para 90 dias.  Isto porque é o tempo que o cérebro leva para criar e estabelecer novas conexões neurais.

A dica aqui é seguir a regra 21/90. Ou seja, se tem algum hábito que você queira mudar ou implementar em sua vida, faça-o por 21 dias seguidos e de preferência no mesmo horário para seu cérebro se habituar. Passado esse tempo, continue por mais 90 dias, para que este novo hábito se torne permanente em sua vida.

Indicação de livro: O poder do hábito (Charles Duhigg)

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Banco de dados

O subconsciente é o “banco de dados” do ser humano. É ali que ficam armazenadas as memórias de longo prazo. Aceitamos como “verdades absolutas” todas as informações que ali estiverem registradas. Principalmente as memórias da nossa infância e adolescência.

Uma criança não sabe distinguir o que é certo do que é errado. Não vê maldade em nada. Para ela tudo é novidade. Ela está aprendendo e cada aprendizado, cada fato marcante que ela vivência começará a ser armazenado no seu subconsciente.

Isto porque até essa idade ainda não temos uma mente consciente (Neocórtex) desenvolvida. A criança não pensa com a razão, ela apenas age com as emoções (cérebro reptiliano e sistema límbico). Por isso, a maioria dos nossos comportamentos quando adultos são reflexos das memórias da nossa infância. Você pode não se recordar, mas estão TODAS gravadas no seu inconsciente e ditam seus comportamentos na maioria das vezes.

Clique aqui para ler o artigo sobre cérebro trino

Se nosso cérebro for submetido a um nível de estresse muito grande, é provável que acabe “paralisando”. Isto mesmo! Sob um nível de estresse muito grande, a mente pode paralisar, você não é capaz de pensar racionalmente. Sendo assim, não terá condições para tomar decisões.

Contextualizando

Por exemplo, imagine que você tem muitas opções e deve fazer uma escolha. É muito provável que você acabe se estressando e não escolha nenhuma opção, pois ficará mentalmente cansado(a).

Os pesquisadores, Sheena Ivengar e Mark Lepper, conduziram um experimento por meio de uma promoção de geleias no supermercado.

No 1º dia, havia 24 tipos de geleia no estande para degustação e no 2º dia, havia apenas 6 opções.

O resultado foi que no 1º dia, aproximadamente 60% das pessoas foram até o estande, porém somente 3% comprou o produto. Contudo, no 2º dia, cerca de 40% das pessoas foram até o estande e 35% delas optaram por comprar alguma geleia.

Assim, o estudo concluiu que quanto menos opções, melhor. Em outras palavras, quanto mais opções, maior a tendência de ficarmos confusos e irritados. A mente paralisa literalmente. E muito provavelmente optamos por não realizar nenhuma ação. Ou, em contrapartida, podemos agir por impulso e acabar nos arrependendo depois.

Padrões de comportamento

O subconsciente cria padrões de comportamento de acordo com as experiências vividas. O nosso corpo é muito inteligente e faz isso por uma razão: economia de energia. Isto para que futuramente, quando a gente precise de algo, não necessite “gastar” energia novamente. É mais fácil e rápido acessar uma informação que já está arquiva do que ficar processando tudo repetidamente.

Por exemplo, uma criança que está em processo de aprendizagem ainda. Se ela colocar o dedo na chama de uma vela, pois não sabe que aquilo lhe fará mal, ela vai se queimar. A partir deste momento esta informação ficará guardada em sua memória para que sempre que ela veja uma vela ou um fogo, ativará este registro e com isso ela não chegue perto do fogo e não perca energia pensando e avaliando se ela vai colocar o dedo novamente ali ou não.

Nossos estímulos e reações rápidas são causadas porque em algum momento vivenciamos algo que ficou guardado em nossa memória e quando estamos expostos novamente a uma situação parecida já conseguimos acessar esse arquivo de modo inconsciente e assim podemos ter uma resposta rápida.

Freud afirmava que nossas emoções, impulsos e crenças surgem por memórias guardadas no nosso subconsciente e não no consciente. Então, as experiências boas ou ruins que acontecem na vida de uma pessoa ficam “armazenadas” na mente subconsciente. Elas continuam ativas e podem ressurgir em determinadas circunstâncias quando certos gatilhos forem ativados.

“Olhe para dentro, para as suas profundezas, aprenda primeiro a se conhecer.” (Sigmund Freud)

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Exemplificando

Imagine que uma criança seja mordida por um cachorro. Esta lembrança é ruim para ela. Ela cresce e conscientemente não se recorda mais dessa mordida. Porém, ela inconscientemente tem medo de cachorro e não consegue chegar perto de nenhum. Neste caso, quando ela pensa conscientemente, ela não sabe explicar porque tem esse medo, mas a memória está lá e faz ela ter uma reação “inconsciente” e se afastar de um cachorro, porque ela tem uma “informação” armazenada na sua memória de longo prazo (subconsciente) que aquilo não é seguro e lhe oferece perigo.

No livro, “O erro de Descartes: emoção, razão e cérebro humano” (1996), o autor, Antônio Damásio, conta a história verídica de um australiano que trabalhava na construção de ferrovias e sofreu um acidente em 1848. Uma barra de ferro atravessou a sua cabeça e atingiu o seu cérebro. Aparentemente não tinha ficado com nenhuma sequela (exceto um olho que ele perdeu). Porém, após algum tempo ele começou a apresentar mudanças de comportamento. Ele começou a usar palavrões, fazia comentários cruéis, tratava mal as pessoas. Morreu após 10 anos do acidente e os médicos estudaram seu cérebro buscando uma explicação para sua mudança de comportamento.

Nesta obra, Antônio Damásio mostrou que a ausência de emoções e de sentimentos destroem a racionalidade ao invés de auxiliar no processo de decisão. O autor propõe ainda que a frase de Descartes “penso, logo existo” deveria ser substituída por: “existo e sinto, logo penso”.

Para acessar estas memórias que estão em nosso subconsciente, que nos fazem mal e não nos damos conta na maioria das vezes é recomendado buscar a ajuda por meio de sessões de terapias, que irão auxiliar e guiar o paciente na busca dessas memórias degradáveis e que se tornam um farto pesado.

Padrões repetitivos

Os nossos pensamentos moldam a nossa realidade. Por isso a importância de aprendemos a trabalhar a nossa mente, para que ela aja a nosso favor e não contra nós. Você precisa se libertar das crenças limitantes e sabotadoras, que bloqueiam a sua vida e impedem que você alcance uma vida plena e extraordinária.

Você precisa aprender a parar de encher sua mente com pensamentos negativos e destrutivos, pois, caso contrário será mais negatividade que atrairá para a sua vida. Ao invés disso, foque em pensamentos positivos, como paz, alegria e prosperidade, por exemplo.

Nós, seres humanos absorvemos as informações que recebemos do mundo a nossa volta por meio dos nossos 5 sentidos, que são: visão, audição, paladar, olfato e tato. Porém, antes dessas informações passarem a ter um significado ou não para nós, elas passam por uma espécie de “filtro”. Estes filtros são as crenças, os paradigmas e os valores que cada indivíduo possui e que comanda sua vida.

O subconsciente não sabe questionar. Ele apenas reage a estímulos, aceita sugestões e responde “ok” quando algo entra de maneira inteligente no nosso subconsciente.

A auto sugestão é um processo repetitivo no qual preenchemos e inundamos o subconsciente com afirmações positivas sobre o que desejamos como se já possuíssemos e que se traduzirão em realidade.

Clique aqui para ler o artigo “Entenda o Seu Poder Quântico Para Manifestar o Que Deseja Com a Lei da Atração

Vou deixar a indicação de um livro ou filme: “Poder Além da Vida”. Por sincronicidade do Universo, meu terapeuta me sugeriu no dia em que estava escrevendo este artigo. Vi no mesmo dia e fez muito sentido para mim.

Espero que possa ajudar você também a compreender o poder da mente e usá-la a seu favor.

Indicação de Livro: O poder do Subconsciente (Joseph Murphy)

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Para refletir

“Falar ou agir com cabeça quente, tem grande possibilidade de trazer arrependimento tardio e consequências irreparáveis. Por isso devemos refletir sobre um fato ocorrido e seus motivos antes de tomarmos decisões precipitadas” (Cláudio Cotts)

Esta frase reforça a ideia de que em muitos momentos nossa mente irracional ou informações guardadas no nosso subconsciente falam mais alto do que nossa mente racional. Por isso é sempre bom estar alerta e se autoconhecer.

Conclusão

Depois de ter abordado a teoria dos hemisférios (esquerdo e direito) e do Cérebro Trino, no artigo anterior e agora ter aprofundado nos aspectos da mente consciente e inconsciente, podemos analisá-las em conjunto, onde uma complementa e sustenta a teoria das demais.

Assim sendo, percebemos que o cérebro reptiliano está ligado ao nosso inconsciente, está associado as nossas funções fisiológicas e de sobrevivência e é o que mais exerce influência sobre as nossas relações.

Se nós não atendemos as nossas necessidades básicas ou se temos muitas opções, nós não raciocinamos.

Por exemplo: quando você está com fome ou com sono, você consegue tomar decisões complexas, fazer cálculos difíceis e que exijam muita atenção? Eu, sinceramente não consigo. Quando estamos com alguma necessidade fisiológica básica, a nossa atenção se volta a atender esta necessidade, pois é instinto de sobrevivência (cérebro reptiliano). Nós, seres humanos, nos deixamos, inconscientemente, nos dominarmos por estes instintos primitivos. O nosso desafio é compreender o papel de nossas mentes e usá-las a nosso favor, uma vez que o que nos diferencia das demais espécies é justamente o fato de possuirmos o neocórtex e sermos seres racionais, mas que agem, na maioria das vezes, de forma inconsciente e irracionalmente.

Finalizo este artigo fazendo um convite para você: saia do automático! Pare de ficar agindo e reagindo a tudo que acontece em sua vida. Se questione por que você age assim. A partir de agora se proponha a fazer tudo com mais entrega, mais consciência e com atenção plena. Estabeleça equilíbrio em sua vida e em seus afazeres. Garanto que você começará a ver e a sentir mudanças positivas surgindo em sua vida.

Espero ter ajudado você.

Paz e Luz

Nos vemos no próximo post 😉

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Sobre o Autor

Vanessa P. S.
Vanessa P. S.

Consumidora assídua de materiais de Autoconhecimento, Espiritualidade Física Quântica, posso dizer que sou uma apaixonada pelos assuntos em questão. Estou nesta jornada há mais de 5 anos e resolvi criar o blog “O Seu Melhor Eu”, com a finalidade de compartilhar conteúdos para ajudar outras pessoas a alçarem o máximo potencial de suas vidas e irem em busca das suas melhores versões de si. Deixo espaço para comentários e sugestões, pois acredito que todos nós sempre temos algo a ensinar e a aprender. Fico feliz por você estar aqui! Forte abraço

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